terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

National Kid e as ninfas de Urânus

Décimo Capítulo
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Nos episódios anteriores..

Episódio 1, Episódio 2, Episódio 3, Episódio 4, Episódio 5, Episódio 6, Episódio 7, Episódio 8, Episódio 9.


Quando National Kid deixou a Terra, seus alunos formaram a fraternidade. Oriundos de um enclave alienígena, responsável pela guarda de segredos intergalácticos, foram instados a treinar, nos altos cumes japoneses, a antiga arte do Ninjutsu. A filosofia de vida dos ninjas, especializados em infiltração (armadilhas, armas ocultas, inteligência), era chamada de Ninpo ou Ninjutsu, envolvendo a adaptação, a liberdade e a perseverança férrea como princípios basilares. Além das espadas, kawanagas e shurikens, as conhecidas "estrelas ninja", os adeptos utilizavam também vários outros equipamentos e armas, que eram importantes recursos em suas missões. O Shinobi Shozoku, ou uniforme ninja, tinha por função camuflar o ninja no ambiente, de modo a facilitar a sua "invisibilidade". O membro da fraternidade possuía treinamentos além do difundido pela sagrada arte Ninjutsu. Eram capacitados a se misturar em qualquer ambiente por mais hostil que fosse.

No spa naturista praticamente nenhum dos recursos poderia ser utilizado. Mas graças à tecnologia, poderiam, pelo menos, desempenhar a tarefa a qual tinham se proposto, encontrar o secreto livro vermelho, escondido pela mama-san. Foi por seu extenuante treinamento que assimilaram bem a nudez. Introduzir objetos não era o principal problema. O maior deles era controlar o prazer intrínseco que certos membros tinham com essa ação.

Eulália, introduzindo dois sensores em seu corpo, entrou em convulsões ininterruptas. Contorcia-se em êxtase, o que a tornava inútil. “Eulália troque de lugar com Steinberg”, disse Onofre. “Isso”, completou um esperançoso Steinberg. “Vão tomar no cu, suas bichas”, retrucou Eulália, “ninguém vai tirar essa tarefa de mim”. Onofre aplicou-lhe uma bofetada para acalmá-la, o que a fez ter um orgasmo avassalador. Sem convencê-la saíram a campo e começaram as sondagens. Eulália seguia amparando-se nas paredes, encharcada, chamando a atenção dos outros hóspedes. Um casal, em especial, se aproximou dela. Olhos ávidos e movimentos sensuais sincronizados, focados em sua presa oriental. Eulália tentou resistir à tentação, mas em 3 segundos estava com eles no banheiro do lobby.

Nos montes Urais, Jenna e suas ninfas anais preparavam-se. Sabiam onde poderiam encontrar seus inimigos, conheciam o lugar, e estavam dispostas a invadir. Jenna meditava, sozinha, enquanto era atendida por Giabra, o gigantesco dog alemão. Percebeu, no fundo do seu ser, que um ataque ostensivo traria mais problemas do que vantagens. Deveriam aguardar os acontecimentos e aí sim roubar o valioso livro. Juntou quatro de suas comandadas e, após instruí-las cuidadosamente, as enviou numa nave em direção ao Wyoming.


Onofre e Godofredo se separaram. Foram explorar os recantos distantes do lugar. Além do prédio principal, onde estavam hospedados, o Spa contava com vários chalés espalhados pelo enorme terreno. Piscinas, quadras de jogos coletivos, saunas, campo de golfe, uma pequena floresta natural, a infra-estrutura era gigantesca. E estava lotado. A cada passo grupos joviais acenavam para que se juntassem a eles. Talvez o disfarce de ricos empresários estivesse estimulando tamanha cordialidade. Apesar do incômodo produzido pelo sensor, Onofre cumprimentava rapidamente cada um dos grupos. Notou que as mulheres eram belíssimas, esculturais mesmo. Enquanto os homens destoavam. “Preciso de um mergulho na piscina”, pensou. Logo estava acalmando-se nas águas geladas, propositadamente. Pelo ponto auricular, à prova de água, recebia informações sobre o andamento da sondagem. Nada até agora.


Duas horas se passaram, Eulália, completamente saciada, saiu do banheiro, trôpega. Já acostumada aos sensores conseguiu manter a linha e iniciou também seu passeio pelo local. Resolveu procurar no conjunto de saunas. Lá, ia entrando em cada um dos cubículos. O calor do ambiente, somado ao calor interior, a deixava completamente arrepiada, tesa. A cada momento interrompia sua busca, tomada por um furor uterino incontrolável.

Ao entardecer, depois de um exaustivo dia de buscas infrutíferas, Onofre e seus amigos retornaram ao QG. Encontraram um Steinberg indignado e muito frustrado. Depois de se livrarem dos sensores e tomarem banho resolveram jantar. Enquanto esperavam os pratos, foram surpreendidos pela entrada de 4 das mulheres mais maravilhosas já vistas. Uma exclamação coletiva, de homens e mulheres, acompanhou o desfile daqueles magníficos exemplares de fêmeas, no cio.

O jantar estava apenas começando e mal sabiam o que iria acontecer antes do raiar do dia...

Será que Onofre e seus amigos conseguirão descobrir o livro vermelho a tempo? Irão as cruéis ninfas anais destruir as chances de uma Terra feliz e pacífica? Será que Eulália irá desfrutar de todos no spa?


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continua

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

National Kid e as ninfas de Urânus

Nos episódios anteriores: Episódio 1, Episódio 2, Episódio 3, Episódio 4, Episódio 5, Episódio 6, Episódio 7, Episódio 8.

Nono Capítulo
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Uma das certezas que os nativos de Urânus tinham, em séculos como bordel, é que todo ser do universo tem uma fantasia sexual. As ninfas anais eram treinadas para cavar fundo e descobrir as mais bizarras fantasias de seus inimigos. Apesar de secreta, os membros da fraternidade Amigos do National Kid, depois de décadas sem nenhum perigo evidente, se tornaram relaxados. Isso facilitou o trabalho de espionagem das ninfas, que identificaram seus potenciais membros.

Não foi diferente com Shirlei, a gostosa secretária. Seu hábito de freqüentar raves e bares alternativos a tornou uma presa fácil. Certo dia, em uma boate ultra-alternativa, querendo saciar seu furor uterino, Shirlei conheceu Kira, que estava de folga. Numa sala escura, sem saber direito quem era quem, e pouco se importando com isso, sentiu um cheiro que a deixou completamente alucinada. O perfume de Kira, especialmente desenvolvido para estimular os feromônios terrestres, era inconfundível. No acender das luzes, logo se formou uma confusão ao redor da uraniana. Todos queriam seu telefone e tirar uma última casquinha. Kira, solícita, ia distribuindo cartões e lambidas. E foi assim que começou a conhecer melhor aquela japonesa com tendências masoquistas. E ficou encantada em saber que ela era secretária de uma organização secreta.


Shirlei estava imobilizada, sentada em uma cadeira, por cordas habilmente amarradas. Nós nunca vistos cruzavam seu corpo, deixando à mostra apenas os locais estratégicos. Começou a tortura. Shirlei gemia enlouquecida. Sucessivas ondas orgásticas tomavam conta de seu indefeso corpo curvilíneo.

Onofre e seus amigos, Godofredo Takakura, Steinberg Kioko, e Eulália Yukio, cruzavam os céus em velocidade ultra-sônica. Preparavam o plano para encontrar o secreto livro vermelho. Sabiam que teriam que investigar com muita perspicácia e sagacidade. Ao pousar, no Sheridan County Airport, alugaram uma limusine. Era o disfarce que combinaram. Se passar por ricos e abonados empresários japoneses. Mas não contavam com um detalhe. Só sócios podiam usufruir da tranqüilidade das instalações do Spa. Apesar de todas as argumentações o atendente estava irredutível. Nem uma rapidinha com Eulália havia demovido, o empedernido caucasiano, de sua posição. Quando já pensavam em pulverizar o atendente com suas pistolas laser, chegou uma ajuda inesperada. O misterioso senhor X entrara no saguão. Sem palavras, dirigiu-se ao gabinete do gerente. Em segundos um solícito afro-americano, que atendia pelo nome de William “Big Balls” Shatner, pediu desculpas ao grupo e formalizou o check-in. Onofre procurou o senhor X, desconfiado que por causa dele a entrada fora facilitada, mas não mais o encontrou.

Foram conduzidos aos seus quartos. Mas, para surpresa de todos, ao entrar realmente no Spa, viram que todos estavam nus. “Um maldito Spa naturista”, exclamou Godofredo. “Ai eu vou gozar”, disse Eulália, já contorcendo-se. “Putaqueospariu”, rugiu Onofre, “como é que agora vamos procurar sem nossos equipamentos?”. “Fudeu”, concluiu Steinberg.


Shirlei estava exaurida. Babando e trêmula pediu que Kira a soltasse. “Não sua vadia, quero respostas”, sussurrou Kira ao ouvido. Shirlei sentiu que havia algo de errado, começou a dizer a palavra de salva-guarda “Komicuwa-xengarisei”, mas em vão. Desesperada, vendo Kira tirar um gigantesco espéculo de sua bolsa, implorou pela pergunta. “Onde estão seus amigos, sabemos que eles voaram”. “Que amigos? Só tenho amigas!!”, disfarçou a pobre secretária indefesa. Enfiando a gigantesca ferramenta no mais profundo do seu ser, Kira perguntou novamente. “Não tenho amigos, pelo amor de deus”, choramingou a, agora, quase arrombada secretária. Com um movimento rápido, Kira abriu o espéculo, arregaçando a gostosa secretária. Um uivo animal saiu da garganta da pobre criatura torturada.

Após se instalarem em seus quartos, Onofre e seus amigos se reuniram no quarto de Eulália. Pensavam em como poderiam usar seus sensores, para descobrir o esconderijo do livro vermelho. A velha tática de interrogar os funcionários parecia a única alternativa. Mas Steinberg teve uma brilhante idéia, “os sensores eram cilíndricos e não tão volumosos. Podemos esconder em alguma parte do corpo e, com uma simples mudança de sinal, podemos enviar as sondagens para um de nossos laptops aqui, no quarto”. “Brilhante idéia, disse Godofredo, “mas onde esconder?”. “Bom, isso não é tão difícil. Podemos colocar dentro de nós”, suspirou Eulália. “Enfiar no cu?”, gritou Onofre, “mas que porra de idéia de jerico é essa?”. “Ora Onofrinho, é pela causa”, respondeu Eulália. “Mas vamos então revezar a monitoração”, concluiu Onofre. Todos anuíram, tiraram a sorte com palitinhos e coube a Steinberg o primeiro turno, monitorando. Visivelmente consternado e puto, Steinberg ajudou seus amigos a introduzirem os sensores. Com jeitinho. Eulália, solícita, pediu que enfiassem logo dois. “é para aumentar o raio de ação”, suspirou. E assim saíram os 3, perambulando pelo Spa.


Completamente arregaçada Shirlei entregou-se. Contou tudo o que sabia. Kira, exultante, saiu rapidamente, deixando a gostosa amarrada. Mas Shirlei ainda tinha um ás na manga. Com extrema facilidade conseguiu apertar a palma da mão direita contra o dedão do pé esquerdo. Isso acionou um bipe de socorro ultra-secreto. Em segundos, Vilfredo Tomohiro, chefe das tropas de elite ninjas, apareceu. Horrorizado ajudou a amparar a pobre coitada. Contou tudo o que aconteceu e Vilfredo, desconfiado, perguntou, “mas por que não acionou o bipe antes?”. Shirlei, sorrindo, disse, “e estragar o prazer que eu ia ter? nem morta santa!!”.

Vilfredo correu para avisar o grupo em Big Horn, mas...

Será que Onofre e seus amigos conseguirão descobrir o livro vermelho a tempo? Irão as cruéis ninfas anais destruir as chances de uma Terra feliz e pacífica? Irá, a gostosa secretária, se recuperar? Conseguirá Vilfredo avisar Onofre a tempo?


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continua

sábado, 16 de fevereiro de 2008

Enquanto isso no palácio do planalto...



quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

National Kid e as ninfas de Urânus

Oitavo Capítulo
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Nos episódios anteriores..

Episódio 1, Episódio 2, Episódio 3, Episódio 4, Episódio 5, Episódio 6, Episódio 7.


O planeta Urânus já fora um dos baluartes da democracia inter-galáctica. Em um passado longínquo foi um porto seguro para povos de todos os cantos do Universo. Essa condição ímpar permitia que financistas universais pudessem aplicar, seus recursos, nos fundos de Urânus. Mesmo com diversas raças belicosas, disputando a hegemonia do espaço sideral, o campo neutro de Urânus era respeitado. Até que um dia, uma casta de líderes libertinos e entediados, após uma sangrenta guerra civil, assumiu o controle daquele planeta.

A vida monótona e feliz, conhecida pelo povo uraniano, e por raças de todas as galáxias, acabou. Valores e direitos conquistados há milênios foram descartados em favor de comportamentos heterodoxos e promíscuos. Indivíduos, que almejavam algo mais do que nascer, viver e morrer, se agruparam ao redor da nova ordem, expulsando aqueles que ainda acreditavam nos valores do bem. Sabedores da inevitabilidade do caos, a casta derrotada deu sua última cartada. Transferiram todos os fundos aplicados em Urânus para um local desconhecido. E, para fiéis do segredo, elegeram o povo aguerrido da estrela Alfa-Centauri.

O segredo passou de geração em geração, até que foi depositado em um planeta de 18° categoria, localizado em um sistema solar remoto, numa galáxia distante. Por alguma razão misteriosa, ou uma espionagem bem engendrada, a informação vazou. E começaram as tentativas de conquista da Terra. Todas foram rechaçadas graças ao paladino da paz, National Kid. Mas quando se pensava que todos estavam salvos...

Onofre Tiako e seus amigos chegaram ao aeroporto. A urgência de sua viagem os impeliu, através do portão de carga, na tentativa de chegar ao jato especialmente preparado da fraternidade. Mas, foram barrados pela noticia que os controladores de vôo estavam em greve. A decolagem de qualquer aeronave estava proibida. Nem um avião, ocupado por crianças refugiadas do Sudão, fugindo dos confrontos em seu país, conseguia decolar. “Temos que dar um jeito nisso”, bufou Godofredo Takakura. Onofre começou a mexer seus pauzinhos para contatar o comando de greve. Nada feito. Ligou para um facilitador, Capitão Aza. Ele disse que ia ver o que podia fazer.

Mal sabiam eles que o atraso era proposital.

O Imperador Zandor era um produto perfeito da dinastia Mingo. Juntamente com o general Zorg, comandavam Urânus com mão de ferro. Sua irmã, a maliciosa Tara, criou uma tropa de choque, as ninfas anais. Todas experts em refinadas e letais formas de combate. Todas libertinas. Topavam qualquer parada. Tara também introduziu Giabra, o gigantesco dog alemão, como segurança das ninfas e objeto de prazer, advindo de sua genitália bem dotada. Treinadas nas artes de terrorismo e espionagem, as ninfas, ao chegarem à Terra, logo trataram de se infiltrar em todas as camadas chaves da administração. Graças a esse trabalho, o presidente do sindicato dos controladores de vôo estava na mão. Com hábitos sexuais bizarros, não teve como negar à Miúcha, a ninfa responsável por ele, o pedido de deflagar uma greve. Elas sabiam que somente pelo ar seus inimigos se deslocariam com rapidez.

Capitão Aza retornou eufórico. “Conseguimos autorização”. Onofre retribuiu generosamente a ajuda, enquanto Eulália Yukio , mais uma vez, tinha convulsões orgásticas de felicidade. E decolaram rumo aos EUA. Shirlei Yuriko, a gostosa secretária da fraternidade, ia ansiosa para casa. Não parava de pensar no sensual telefonema que recebera de Kira, a quem conhecera em um bar da moda. Marcaram de se encontrar no elegante apartamento de Shirlei às 21 horas. Depois de um banho revigorante, esperava completamente excitada e cheirosa a chegada de sua amiguinha. Não dando chances de reação, Kira a beijou logo que chegou. Começaram um devasso rasgar de roupas na sala mesmo. Enlouquecida de tesão, Shirlei foi amarrada.

E aí...


O que acontecerá com a sensual e gostosissima Shirlei? Irão os Amigos de National Kid conseguir chegar a tempo? Estarão indo para o lugar certo? Afinal, que segredo é esse?


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quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

National Kid e as ninfas de Urânus

Sétimo Capítulo
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Leiam o primeiro capítulo AQUI.

Leiam o segundo capítulo AQUI.

Leiam o terceiro capítulo AQUI.

Leiam o quarto capítulo AQUI.

Leiam o quinto capítulo AQUI.

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Quando deixou a Terra e voltou para seu lar, nas estrelas, National Kid deixou um legado de paz e harmonia. Nesta mesma época, o enclave alienígena, conhecido como Japão, começou a prosperar. Autorizados pelas mais altas autoridades, da Federação dos Planetas Unidos, iniciaram a produção e venda de artigos de alta tecnologia, não só a originada em seu planeta natal, como também adquirida de outras civilizações galácticas, algumas já desaparecidas. Essa contínua produção permitiu arrecadar valiosos recursos financeiros, sustentar o enclave e manter a paz e harmonia almejada por todos os seres do universo. A fraternidade nasceu dentro deste espírito de coalizão. E, financiados pelo governo japonês, não tinham problemas em manter a paz e investigar os seus possíveis ofensores. Acesso franqueado ao que havia de mais moderno em tecnologia, recursos e pessoal.

A informação que o misterioso senhor X havia passado foi imediatamente pesquisada. “Big Horn”, que diabos seria aquilo. Consultando o oráculo, uma invenção antariana largamente utilizada na Terra, descobriram milhares de referências, 3.430.000 para ser exato. Descartaram o óbvio, por exemplo, Little Big Horn, o lugar que Custer foi massacrado pelos Sioux. Mas um lugar chamou a atenção, localizado no Wyoming, Estados Unidos. As montanhas Big Horn. Godofredo Takakura lembrou-se que ouvira falar por terceiros que mama-san gostava muito de ir aos Estados Unidos. “Deve ser lá o lugar em que escondeu o livro”, exclamou Onofre Tiako, “temos que ir para lá o mais rápido possível”. Ligando para a secretária da fraternidade, a gostosíssima e eficiente Shirlei Yuriko, pediram para providenciar a preparação do jatinho particular. Ela, solícita e com uma voz sensual perguntou, sussurrando, “Tiakinho querido, teu passaporte e visto estão em dia?”. “Puta merda”, bateu na testa. Por nunca ter necessitado viajar para fora de sua base, Onofre, como os seus amigos, não tinham passaporte e muito menos vistos, para entrar nos Estados Unidos. “Vamos providenciar”, respondeu. Eulália lembrou que agora passaporte e visto só agendando pela internet. Sem problemas disse Onofre, sacando de seu IPhone conectou-se nos sites e, horrorizado, descobriu que somente depois de 4 meses haveria horário. “Fudeu”, estremeceu Eulália, em outro orgasmo avassalador.

Enquanto Eulália se recompunha, Onofre fez alguns contatos no submundo paulista. Precisava passar à frente, nas filas, de qualquer jeito. Conseguiu um encontro para as 7 da manhã com um “facilitador”, conhecido como Inspetor Carlos. Na hora combinada lá estavam eles, na porta da sede da Polícia Federal. Entrando pelos fundos, Onofre e seus amigos rapidamente conseguiram o que queriam. Faltava o visto.

Enquanto isso, nos montes Urais, Jenna e suas ninfas estavam em um beco sem saída. Receberam a mesma informação, bigorna. Mas não faziam a menor idéia do que se tratava. Nem as várias sessões de relaxamento com Giabra o gigantesco dog alemão, conseguia revelar o âmago da conciencia anal. Kira, porém, teve uma brilhante idéia. “Por que não os seguimos?”. “É claro", pensou jenna, "podemos descobrir muito seguindo aqueles cretinos". "Como fazer isso sem levantar suspeitas", perguntou a ninguém em particular. “Deixa comigo”, disse Bella, “tenho suspeitas que uma terraniana que conheci trabalha para eles". Imediatamente fez uma ligação e uma voz sussurrante e sensual atendeu. Marcaram de se encontrar.

Onofre estava ansioso. Era alvo de olhares nada amistosos de elementos caucasianos. Conseguir um visto, sendo "brasileiro", não era fácil. Perguntas e mais perguntas. Eulália, por exemplo, estava completamente ensopada pelo nervosismo. Mas controlava a tremedeira de seu corpo com galhardia. Shirlei havia providenciado toda a documentação, em tempo recorde. Mas como nunca trabalharam em um emprego formal, estava difícil descrever suas funções em uma empresa fictícia. Dr Smith, um idoso de voz esganiçada, repetia sempre a mesma pergunta. Quando tudo parecia perdido, eis que surge, novamente, o misterioso senhor X. Calmamente se dirigiu até a mesa e cochichou no ouvido atento de Smith. Se retirou sem dizer palavra e os vistos foram liberados.

Com a parte burocrática resolvida, foram para Guarulhos. Lá o jato, especialmente preparado da fraternidade, já estava pronto e com todo o equipamento necessário para a missão.

Mas havia ainda um último obstáculo a vencer antes de decolarem...


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National Kid e as ninfas de Urânus

Sexto Capítulo
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Tugues, assim eram chamados os mercenários em que se transformaram os dominantes. Sua lealdade à causa, qualquer uma que fosse capaz de comprar seus serviços, era notória, fazendo que Moe, Larry e Curly fossem consultados por todos aqueles que queriam promover o caos no universo. Mas o preço que cobravam por esta lealdade era além do bolso da esmagadora maioria dos vilões. O povo uraniano, comandado por Zandor, empenhou-se ao máximo para levar à frente seu plano de dominação da Terra. Sua cultura era propícia, e Urânus se tornou o maior prostíbulo inter-galáctico do universo. Lá, qualquer um poderia obter o que queria, desde uma rápida sessão onanista comunitária até os mais depravados prazeres já imaginados.

A infiltração das ninfas anais na casa de tolerância da mama-san foi fácil e natural. Já suspeitavam que, ela, era a guardiã do secreto livro vermelho, mas só a espionagem poderia confirmar. 3 das mais insinuantes e depravadas ninfas se tornaram então “gueixas”. A casa de massagens “LovYou” era reconhecida como uma das melhores do ramo. Freqüentada por artistas, celebridades, empresários e políticos, de ambos os sexos, proporcionava experiências únicas. Mony, Bella e Kira se desdobravam em atender a fila ininterrupta de clientes e, ao mesmo tempo, conseguir a tão valiosa informação, sem levantar suspeitas. A casa possuía cômodos para a realização de qualquer fantasia. Um deles, porém, era permanentemente trancado. “O que há ali, mama-san”, perguntou brejeiramente Mony. “Não é de sua conta, pequena flor. A não ser que goste de extremos”, respondeu astutamente. Numa rápida conversa, as 3 ninfas anais decidiram que teriam que topar o mais extremo para confirmar suas suspeitas, de que a sala era a porta do cofre. “Mama-san, queremos experimentar o extremo”, pediram as 3. Mama-san pegou um pequeno chicote e bateu-lhes nos braços, seios e coxas. Entenderam que era um teste e, ao invés de pulverizar a vaca-sama com suas pistolas, se ajoelharam e imploraram.

Foi decidido. Chamando um dos seguranças, um enorme eunuco albino que atendia pela alcunha de “Risonho”, pediu-lhe para informar ao misterioso cliente X que poderia usufruir dos prazeres que tinha em mente. Um elegante senhor, trajando um fino terno Armani e mascarado, apareceu como do nada. Sorrindo, pegou a chave e, sem dizer palavras entrou no misterioso quarto. As 3, com apenas um sumário fio-dental, aguardaram serem chamadas. Primeiro entrou Kira, que depois de alguns minutos voltou aos prantos, seu rosto tomado pela máxima expressão de indescritível horror. Depois entrou Mony, 10 minutos depois volta em estado catatônico, balbuciando palavras incompreensíveis (no dialeto esfincteriano de seu planeta natal) e chamando pela mãe. Bella então se armou de toda a força interior que possuía. Abriu a porta com violência. Pegou uma cadeira que estava ali e a quebrou sobre o balcão de granito italiano. O misterioso senhor X só observava, ao lado de uma mala repleta de euros e dólares. “Isso será teu se me satisfizer”, disse. Subitamente, Bella notou algum muito, muito estranho no quarto, um artefato que não entendia. A compreensão do que era a tomou de pavor. “Que maldito pervertido”, exclamou. Sem se abalar, o senhor X a convidou a se aproximar, o que ela fez de forma relutante. Não sabia como usar o autorama. Perdera a oportunidade de conseguir fundos para ajudar Jenna nos planos maquiavélicos de seus comandantes. Saiu dali arrasada, batendo com sua linda cabeça nas paredes, de raiva.

Mas não sem antes ter notado o cofre por trás do balcão de granito.

Após o expediente, exaustas, voltaram correndo para os montes Urais, esconderijo secreto das ninfas, para uma sessão de relax total com o gigantesco dog alemão. Enquanto gemiam, fizeram seu relatório, e a decisão de atacar o local foi tomada sem titubeio.

Os tugues foram cirúrgicos, invadiram a casa no começo da madrugada, hora em que os seguranças, clientes e as massoterapeutas estariam mais relaxadas. Foi um massacre. Mama-san foi cruelmente torturada, mas seu treinamento ninja a ajudou a suportar as torturas. Moe, Larry e Curly decidiram, por fim, arrombar o cofre, mas um grito do mais puro ódio assomou a boca dos assassinos, quando perceberam que não havia nada lá. Apenas um bilhete com uma única palavra. Levaram-no, deixando os moribundos para trás.

As vítimas mal haviam exalado o último suspiro quando Onofre e seus amigos chegaram. Estupidificados, não sabiam o que fazer. E bigorna não era exatamente uma pista sólida. Desanimados, foram abordados por um misterioso senhor. “Meu nome é X”, disse, “era um grande amigo da mama-san, e tenho uma informação vital”, completou. Eulália Yukio, ainda se recuperando das convulsões orgásticas, sacou de sua pistola laser e apontando para a cabeça exigiu que o misterioso informante dissesse logo. “Não é bigorna, é Big Horn, o Grande Chifre, o local onde o secreto livro vermelho está guardado”. Antes que Eulália esboçasse uma reação o misterioso X, sumiu de suas vistas.

Precisavam descobrir onde afinal se localizava este Grande Chifre. E a identidade daquele misterioso senhor X. Seria ele confiável ou um agente das forças do mal?


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National Kid e as ninfas de Urânus

Quinto Capítulo
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É sabido que mamas-san são as mais confiáveis guardiãs de segredos do universo. A profissão ao qual consagraram sua vida não permite deslizes. O Imperador Hiroito, juntamente com o paladino da paz e da justiça intergaláctica, National Kid, optaram por essas adoráveis senhoras quando precisaram esconder o livro vermelho.

A mama-san, da filial brasileira, estava nessa atividade há décadas. Conhecia a todos os influentes e bem-nascidos da sociedade local. Tinha um time de gueixas de primeiríssima qualidade, disputadas a peso de ouro. Apesar de toda a movimentação ao redor de sua boate, a “LovYou”, vivia em um confortável e pequeno apartamento. Somente os líderes de cada enclave sabiam de sua identidade secreta.

Onofre Tiako, pela urgência e pela momentânea incapacidade de se locomover, partilhou esta informação com seus amigos, Godofredo Takakura, Steinberg Kioko, e Eulália Yukio. Steinberg pilotava o Fiat 147, em disparada, com destreza. Uma hora depois estavam no coração do Bairro da Liberdade. Com uma freada súbita pararam. Apesar do constante movimento de clientes, dioturnamente, a rua estava deserta. O neon piscava, sinistro. Não havia o mais simples mortal ao alcance da visão. “Onde estarão todos”, perguntaram-se. Nem bêbados estavam por ali. Sacando de suas potentes pistolas laser, cautelosamente se aproximaram da porta. Apenas o som da música, mas nada de risadas e gemidos de prazer, marcas registradas daquela casa de tolerância. O terror assaltou os 4 amigos. Uma cena de indescritível violência encheu-lhes os olhos. Corpos retalhados e retorcidos jaziam no chão, nas mesas, nas cadeiras, no palco.

“Fomos traídos”, exclamou Onofre...

Jenna e suas ninfas anais retornaram ao esconderijo secreto, nos montes Urais, onde Giabra, o gigantesco Dog Alemão, serviu de brinquedo para mais um orgíaco ritual de vitória uraniana. Depois de saciadas, se reuniram para planejar os próximos passos em seu plano maquiavélico de destruição da raça humana. “Precisamos de capangas”, disse a loira. Lembraram-se dos temíveis dominantes, uma raça de vigilantes espaciais que renegaram os ensinamentos de paz e liberdade e se tornaram mercenários. “Temos um servicinho para vocês”, disse Jenna no seu inter-comunicador espacial. “Não cobramos barato”, disse Moe, o líder dos dominantes. “Dinheiro não é problema”, finalizou a loira. Moe chamou seus sub-comandantes, Larry e Curly, e juntamente com seus pelotões suicidas saíram para cumprir a primeira missão, paga, dos dominantes, roubar o livro vermelho.

Enquanto isso na boate “LovYou”, Onofre e seus amigos começaram a procurar a mama-san, ignorando alguns feridos que imploravam por ajuda. O treinamento nos altos cumes japoneses tinha endurecido os corações dos ninjas. A salvação da Terra, como bastião da liberdade e da harmonia, era prioridade. Encontraram-na, moribunda, em meio a uma pilha de inimigos. “Onde está o livro”, perguntou Onofre, desesperado, enquanto sacudia a combalida velhinha. Gemendo de dor, mama-san entregou a chave do cofre e disse apenas uma única e enigmática palavra, suspirou e morreu.


Eulália, em pânico, começou a gritar, em histeria, “Bigorna? Mas que raios cósmicos é bigorna? Pelo sagrado cume interessa, mas que merda é essa?”. Godofredo aplicou-lhe uma bofetada. Eulália gemeu e, em espasmos, alcançou um convulsivo orgasmo devastador. Enquanto seu corpo era tomado por seguidas ondas de prazer, os outros pensavam no que raios dos infernos celestiais significaria “bigorna”.

Mas um auxílio inesperado iria aparecer...


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National Kid e as ninfas de Urânus

Quarto Capítulo
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Quando formada, os Amigos do National Kid optaram pelas artes marciais como forma de se defender dos seus inimigos. Apesar dos ensinamentos de paz e harmonia, do professor Massao Hata, seus ex-alunos procuraram, nos cumes japoneses, escolas de Nin-jitsu. Estudaram e praticaram com afinco até se tornarem mestres supremos nessa milenar arte de matar seres humanos.

O interrogatório dos participantes da bacanal foi levado com extremo profissionalismo. Aqueles que estavam atordoados foram submetidos à dedada, técnica de relaxamento e que, porém, provocava amnésia. Em alguns dos interrogados era difícil encontrar o ponto N. Gastaram um tempo enorme procurando-o na obesa mórbida, conhecida como irmã do Jaba, The Hutt, e no DJ, que revirava os olhos para os ninjas saradões. O deus de ébano foi particularmente complicado. Chorando de vergonha, não admitia mais ser tocado por nenhum homem. Somente quando uma ninja o dedou ele relaxou.

Aqueles não tão afetados foram unânimes em afirmar que não tinham bebido ou usado drogas e que nunca tinham transado com alguém do mesmo sexo. Porém, 95% disseram que gostaram da experiência. O líder do grupo de contenção, Vilfredo Tomohiro, imediatamente alertou o comando central.

Enquanto isso, no planeta Urânus, o magno-orifício, comandante Zandor, recebia o primeiro relatório das ninfas anais. Gostou do que leu, suspirou e voltou a dormir, em companhia do general Zorg. Na Terra, a estonteante loira, Jenna, a líder das ninfas, desligou seu comunicador. Suspirou aliviada. Não previra uma intervenção tão rápida dos paladinos da Terra. “Malditos japas”, exclamou. Junto com as outras 14 ninfas rumaram para sua base secreta, nos montes Urais, onde Giabra, o gigantesco Dog Alemão, presente dos Zarrocos do Espaço e geneticamente modificado para proporcionar todo o prazer às guerreiras, iria fazer a festa.

Naquele mesmo momento, Onofre estava sedado. A dor nos ovos tinha se transformado em um inchaço tremendo e era impossível articular alguma reação. Em meio às brumas do éter pensava. Flashes espocavam em sua mente sagaz. A cena de Eulália estava bem gravada no fundo da memória. Tentava se concentrar nas 3 terroristas. Em silêncio mentalizava o mantra sagrado da fraternidade “Awita, Awita, Awita”. A paz do mantra trouxe-lhe a luz. Identificou os sinais, que sua mente altamente treinada de ninja havia captado e gravado no seu subconsciente. “Pela sagrada capa”, exclamou, levantando-se do leito em que repousava. “São as perversas ninfas anais”, gritou, virando-se de lado, acometido de uma súbita onda de dor no baixo ventre. “Aquele maldito Zandor deve estar por trás, quer dizer, Zorg deve estar por trás de Zandor que está por trás das ninfas”, concluiu Steinberg Kioko. “Devemos abrir o livro vermelho”, completou simplesmente Onofre, em meio a gemidos de dor.

O livro vermelho era guardado a sete chaves em um cofre subterrâneo. Lá estavam todas as diretrizes interplanetárias para enfrentar qualquer situação imaginada. Certamente a conduta para reprimir ataques terroristas estaria lá. Sua localização era de conhecimento apenas da mama-san local, de cada enclave satélite. O livro nunca havia sido utilizado antes. Conduzido em uma cadeira de rodas, Onofre e seus amigos foram até a residência da mama-san, atrás do inferninho “LovYou”.

Mas uma surpresa os assombrou...


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continua

National Kid e as ninfas de Urânus

Terceiro Capítulo
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Leiam o primeiro capítulo AQUI.

Leiam o segundo capítulo AQUI.


Quando o paladino da justiça galáctica, National Kid, retornou para as estrelas, o enclave alienígena foi designado para proteger a Terra do interesse de diversas raças planetárias. Klingons, Borgs, Incas Venusianos, todos eles queriam tirar uma casquinha. E ninguém ainda descobrira o motivo de tamanha sede de conquista. Uma sacada genial do líder da comunidade, Imperador Hiroito, possibilitou a criação dos Amigos do National Kid. Tornaram-se então os defensores das liberdades individuais e coletivas da Terra. E diversos enclaves satélites foram criados ao seu redor. A fraternidade prosperou.

Onofre Tiako, ainda zonzo da bebida e da dor nos ovos, tentava identificar a origem do zumbido, em meio à multidão de copuladores enlouquecidos. O seu treinamento ninja dizia que devia procurar algo completamente inusitado. Olhou para o DJ, que neste momento era a locomotiva de um extenso trem de bailarinos sarados. “Não, não era ele”, pensou. Viu uma mulher de cabelos vermelhos, obesa mórbida, enroscada com 5 morenas de fechar o comércio. “Não, também não é ela”. Finalmente descobriu. Perto do palco do DJ, 3 das mulheres mais maravilhosas que já tinha visto olhavam tudo, impávidas, com seus Ipods nos ouvidos e com um estranho aparelho, em formato fálico, nas mãos. Isso sim era inusitado. Onofre percebeu então que eram as mesmas que o haviam rejeitado de forma contundente. “Eu sabia”, pensou. Rapidamente reuniu seus amigos e partiram para a ação.

A dificuldade maior não seria dominar as terroristas. Era impossível atravessar a pista repleta de corpos nus. Eulália Yukio até que tentou, mas foi subitamente dominada por duas ruivas tatuadas e submetida a torturas indizíveis por outras 4 mulheres. Os outros não puderam fazer nada. Eulália os impediu aos gritos. “não se aproximem, eu dou conta”, esbravejava em gemidos. Tentando dar a volta, esbarraram com o trem capitaneado pelo DJ, que apitava animadamente, com todos os homens engatados. O ultimo “vagão” ainda tentou engatar Godofredo Takakura atrás, mas foi inútil.

Subitamente, percebendo a ação de Onofre e seus amigos, as 3 terroristas se retiraram. O zumbido sumiu e, assim, a influência sobre os participantes daquela monstruosa bacanal. Todos voltaram a si, nos mais variados graus de confusão. O DJ, surpreso, calou-se em meio a mais uma apitada. “Vamos lá gente, ainda faltam 10 voltas pra chegar na estação”, gritou histérico. Eulália, cercada pelas 6 mulheres, tirou sua pistola laser, não se sabe de onde, e, gritando, disse que mataria a primeira que parasse de fazer o que estava fazendo. Estavam todos envergonhados. Alguns mais desesperados, pegaram suas roupas e saíram correndo. Um gigantesco deus de ébano chorava desconsolado, “isso nunca aconteceu comigo”, lamentava-se. Foi amparado por sua mulher, ainda gemendo em convulsões.

Onofre apertou um botão em seu relógio, disparando um alarme planetário. O som de helicópteros preencheu o ar e dezenas de ninjas cercaram o local. Teriam que interrogar cada um dos presentes. Onofre tirou Eulália do meio da confusão, aplicou-lhe uma dedada em local secreto e ela voltou ao normal. “Temos que nos reunir imediatamente”, rosnou. Deixando o trabalho sujo para os outros dirigiram-se, céleres, para a filial da fraternidade, onde outros membros já estavam aguardando instruções.

Somente os anos de aprendizado ninja, nos mais altos cumes japoneses, poderiam ajudá-los nessa hora de terror. Seria necessário abrir o livro vermelho?


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National Kid e as ninfas de Urânus


Segundo Capítulo
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Leiam o primeiro capítulo AQUI.

As três mulheres haviam chegado à pouco na rua. Vieram de taxi até o centro da balada. Evitaram barzinhos da moda. Não resistiam a uma caipirinha e, quando bebiam, eram tomadas por um furor uterino insano. Ocupadas com seus transmissores, disfarçados de rudimentares Ipods, as ninfas de Urânus queriam sangue.

Viajaram distancias estelares, com o objetivo claro de dominar a terra, as 15 ninfas anais, corpo de elite da sociedade uraniana. Submeter os humanos as leis de seu planeta natal, localizado na estrela Trasercu, quase no centro da galáxia do quadrante beta, conhecida como A Galáxia do Olho Negro. Os terrenianos, como eram chamados pelas ninfas, tinham uma dívida profunda que sequer sabiam.

O plano macabro, engendrado pelo alto comissariado, era semear a discórdia através de ações terroristas. Nada mais apropriado do que começar por um local onde jovens loucos dançassem freneticamente. As ações seguintes se desenrolariam com o andar dos acontecimentos.

Onofre Tiako era um ninja sagaz. Proficiente, em diversas artes marciais e formas assassinas de matar um ser humano, foi destacado para atuar no Brasil, próximo à colônia japonesa local. Não sabiam, os brasileiros, que o Japão na verdade era um enclave alienígena com o intuito de preservar a Terra dos povos conquistadores do universo. Ninguém sabia a razão. Com seus amigos e confrades, Godofredo Takakura, Steinberg Kioko, e Eulália Yukio, foi se divertir naquela noite. Como todo ninja, era sensível à bebidas não autorizadas pelo Supremo Holístico Interdepartamental Tratado – SHIT, e após um gole ficou completamente louco. Vagamente lembrava-se de ter tentado conquistar uma estonteante loira, acompanhada de duas mulheres que não podiam ser desse planeta. Só lembrava do chute, a dor excruciante que adentrou seu corpo e a humilhação que sentiu.

Enquanto tentava se recuperar ouviu um zumbido, um som que só os Amigos do National Kid podiam identificar. No meio da névoa e da dor correu, cambaleante, em direção a origem. O que viu o deixou apavorado. Corpos semi-despidos se chocavam em histeria. Homem com homem, mulher com mulher, contrariando uma das leis máximas da fraternidade, criada pelo falecido conselheiro TIM Maia, copulavam violentamente. Um vexame total.

Mas o pior ainda estava por vir...



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continua

National Kid e as ninfas de Urânus


Primeiro Capítulo
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Depois de salvar a terra da destruição, National Kid retornou para seu lar, na estrela Alfa-Centauri. O seu legado de paz e harmonia entre os povos abençoou os seus ex-alunos por décadas. Até que um dia....

Era pouco mais de 2 da manhã daquele chuvoso sábado. A pista de dança bombava. Ondas de corpos suados, exalando a sensualidade característica de jovens sedentos e sequiosos, se enroscavam em um frenesi de luzes e cores. Onofre Tiako, completamente bêbado, comemorava. Apesar da rigidez do código samurai que seguia, sua nomeação para o posto de conselheiro-ninja magno do braço brasileiro da fraternidade secreta Amigos do National Kid era motivo de júbilo. Entre a embaçada névoa etílica, observava. Viu, ao fundo, uma loira, só. “Uma presa fácil para meus poderosos dotes ninja”, pensou. Logo estava ao seu lado e começou um discurso engrolado sem sentido, pontuado por “banzais”. A loira, apesar do barulho provocado pela música, estava com os headphones do seu Ipod nos ouvidos. “Estranho, muito estranho”, tergiversou Onofre. Tentou chamar a atenção dela com mímicas. Mas os movimentos que fazia, simulando uma dança, não despertaram o interesse. Tentou alguns outros. Até que colocou a mão no bolso. A loira imediatamente olhou para ele e, sem falar nada, deu-lhe um fortíssimo tapa na cara. Seu amigo, Godofredo Takakura, rindo de se acabar, veio ao seu socorro. O sangue escorria pelo nariz de Tiako. “Maldita gaijin, desgraçada filha da mãe”, cuspiu.

A loira ainda estava impressionada com a situação. Dirigiu-se ao banheiro, em companhia de suas amigas, uma morena e uma ruiva. “Porra, o japa tava doidão”, exclamou. “Ai amiga”, disse a morena estonteante, “Não combinamos que não íamos chamar a atenção? Esqueceu da nossa missão?”. “Claro que não, né? Mas o que eu podia fazer com um japa fingindo que estava me comendo? Sorte a dele que eu não estava com minha pistola laser”, respondeu. Imediatamente um bipe soou nos 3 Ipods. “Temos que correr”, disse a ruiva já saindo do mictório. Deram de cara com Onofre. Ainda puto. Ainda sangrando. Mas bêbado, ao invés de aplicar uma das vinganças aprendida nos altos cumes japoneses, perguntou, olhos brilhantes, à queima-roupa, “Podemos fazer uma suruba, loira-sama?”. Um chute de bico, no saco, foi a resposta. O uivo de agonia e dor foi abafado pelo som batido da Acid-Music. Cambaleando, Onofre saiu amparado por seu amigo, braço direito na fraternidade, seguidos da risada histérica das pessoas que presenciaram a cena.

Riram, mas não por muito tempo....



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continua


Yoomp

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