quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

National Kid e as ninfas de Urânus

Terceiro Capítulo
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Leiam o primeiro capítulo AQUI.

Leiam o segundo capítulo AQUI.


Quando o paladino da justiça galáctica, National Kid, retornou para as estrelas, o enclave alienígena foi designado para proteger a Terra do interesse de diversas raças planetárias. Klingons, Borgs, Incas Venusianos, todos eles queriam tirar uma casquinha. E ninguém ainda descobrira o motivo de tamanha sede de conquista. Uma sacada genial do líder da comunidade, Imperador Hiroito, possibilitou a criação dos Amigos do National Kid. Tornaram-se então os defensores das liberdades individuais e coletivas da Terra. E diversos enclaves satélites foram criados ao seu redor. A fraternidade prosperou.

Onofre Tiako, ainda zonzo da bebida e da dor nos ovos, tentava identificar a origem do zumbido, em meio à multidão de copuladores enlouquecidos. O seu treinamento ninja dizia que devia procurar algo completamente inusitado. Olhou para o DJ, que neste momento era a locomotiva de um extenso trem de bailarinos sarados. “Não, não era ele”, pensou. Viu uma mulher de cabelos vermelhos, obesa mórbida, enroscada com 5 morenas de fechar o comércio. “Não, também não é ela”. Finalmente descobriu. Perto do palco do DJ, 3 das mulheres mais maravilhosas que já tinha visto olhavam tudo, impávidas, com seus Ipods nos ouvidos e com um estranho aparelho, em formato fálico, nas mãos. Isso sim era inusitado. Onofre percebeu então que eram as mesmas que o haviam rejeitado de forma contundente. “Eu sabia”, pensou. Rapidamente reuniu seus amigos e partiram para a ação.

A dificuldade maior não seria dominar as terroristas. Era impossível atravessar a pista repleta de corpos nus. Eulália Yukio até que tentou, mas foi subitamente dominada por duas ruivas tatuadas e submetida a torturas indizíveis por outras 4 mulheres. Os outros não puderam fazer nada. Eulália os impediu aos gritos. “não se aproximem, eu dou conta”, esbravejava em gemidos. Tentando dar a volta, esbarraram com o trem capitaneado pelo DJ, que apitava animadamente, com todos os homens engatados. O ultimo “vagão” ainda tentou engatar Godofredo Takakura atrás, mas foi inútil.

Subitamente, percebendo a ação de Onofre e seus amigos, as 3 terroristas se retiraram. O zumbido sumiu e, assim, a influência sobre os participantes daquela monstruosa bacanal. Todos voltaram a si, nos mais variados graus de confusão. O DJ, surpreso, calou-se em meio a mais uma apitada. “Vamos lá gente, ainda faltam 10 voltas pra chegar na estação”, gritou histérico. Eulália, cercada pelas 6 mulheres, tirou sua pistola laser, não se sabe de onde, e, gritando, disse que mataria a primeira que parasse de fazer o que estava fazendo. Estavam todos envergonhados. Alguns mais desesperados, pegaram suas roupas e saíram correndo. Um gigantesco deus de ébano chorava desconsolado, “isso nunca aconteceu comigo”, lamentava-se. Foi amparado por sua mulher, ainda gemendo em convulsões.

Onofre apertou um botão em seu relógio, disparando um alarme planetário. O som de helicópteros preencheu o ar e dezenas de ninjas cercaram o local. Teriam que interrogar cada um dos presentes. Onofre tirou Eulália do meio da confusão, aplicou-lhe uma dedada em local secreto e ela voltou ao normal. “Temos que nos reunir imediatamente”, rosnou. Deixando o trabalho sujo para os outros dirigiram-se, céleres, para a filial da fraternidade, onde outros membros já estavam aguardando instruções.

Somente os anos de aprendizado ninja, nos mais altos cumes japoneses, poderiam ajudá-los nessa hora de terror. Seria necessário abrir o livro vermelho?


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continua

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